Há ocasiões em nossa vida que a noite parece interminável. É assim quando todas as esperanças paracem ter ido procurar refúgio em algum lugar, menos no nosso coração.
Não somamos nossas alegrias como somamos nossos problemas. Se, inversamente, fizéssemos o mesmo com nossos momentos de alegria, encontraríamos razões a mais para viver e forças suplementares para sobreviver aos impasses da vida.
Por mais longa que seja a noite, por mais lento que tenha sido o relógio, e por mais dolorido que tenha estado o nosso coração, o sol nasce novamente. Pouco importa se no dia seguinte ele estará ainda encoberto por nuvens, ele não estará encoberto eternamente. A certeza de algo bom e bonito existe, nos faz guardar ainda acesa a chama dentro do coração.
Se o sol vai e volta, a lua some e reaparece, as marés baixam e sobem, não há razões para que na vida não demos a volta por cima. A natureza é a prova viva de que tudo está em movimento sempre e nós fazemos parte dessa paisagem idealizada e plantada por Deus.
Tudo é passageiro, as alegrias vêm e vão, mas o sofrimento também, até mesmo aquele que se instala do mais profundo do nosso ser, ele também se acalma e deixa um lugarzinho aberto para a doçura de viver.
Não podemos desistir de ser felizes enquanto o sol não desistir de renascer.
Texto de Letícia Thompson
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