Dr. Américo Marques Canhoto*
Queremos dividir com os leitores um pouco de algumas das observações
pessoais a respeito dessa moléstia, fundamentadas em casos de consultório e na
vida familiar - dois casos na família.
Além de trazer à discussão o problema da precocidade com que as coisas
acontecem no momento atual.
Será que as projeções estatísticas de alguns anos atrás valem para hoje?
Serão confiáveis como sempre foram?
Se tudo está mais precoce, o que impede de doenças com possibilidade de
surgirem lá pelos 65 anos de idade apareçam lá pela casa dos 50 ou até menos?
Alerta
É incalculável o número de pessoas de todas as idades ( até crianças )
que já apresentam alterações de memória recente e de déficit de atenção (
primeira fase da doença de Alzheimer ). Lógico que os motivos são o estilo de
vida atual, estresse crônico, distúrbios do sono, medicamentos, estimulantes
como a cafeína e outros etc.
Mas, quem garante que nosso estilo de vida vai mudar?
Então, quanto tempo o organismo suportará antes de começar a degenerar?
É possível que em breve tenhamos jovens com Alzheimer?
Alguns traços de personalidade das pessoas portadoras de Alzheimer,
que em nossa experiência temos observado, algumas características se
repetem:
·
Costumam ser muito focadas em si mesmas;
·
Vivem em função das suas necessidades e das pessoas com as quais criam um
processo de co-dependência e até de simbiose. A partir do momento que a outra
pessoa passa a não querer mais essa dependência ou simbiose, o portador da
doença (que ainda pode não ter se manifestado), passa a não ter mais em quem se
apoiar e, ao longo do tempo, desenvolve processos de dificuldade com orientação
espacial e temporal;
·
Seus objetivos de vida são limitados (em se tratando de evolução);
·
São de poucos amigos; gostam de viver isoladas;
·
Não ousam mudar; conservadoras até o limite;
·
Sua dieta é sempre a mesma. (Os alimentos que fogem às suas preferências,
fazem-lhes mal; portanto, os alimentos são muito restritos);
·
Criam para si uma rotina de "ratinho de laboratório";
·
São muito metódicas. ( Sempre os mesmos horários e sempre as mesmas
coisas, mesmos alimentos, mesmas roupas);
·
Costumam apresentar pensamentos circulares e idéias repetitivas bem antes da
doença se caracterizar;
·
Cultivam manias e desenvolvem TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo);
·
Teimosas, desconfiadas, não gostam de pensar;
·
Leitura os enfastia;
·
Não são chegadas em ajudar o próximo;
·
Avessas á prática de atividades físicas;
·
Facilmente entram em depressão;
·
Agressividade contida;
·
Lidam mal com as frustrações que sempre tentam camuflar;
·
Não se engajam em nada, sempre dando desculpas para não participar;
·
Apresentam distúrbios da sexualidade como impotência precoce e frigidez;
·
Bloqueadas na afetividade e na sexualidade, algumas têm dificuldades em
manifestar carinho. Para elas um abraço, um beijo, um afago requer um esforço
sobre-humano;
Gatilhos que costumam
desencadear o processo
Na atualidade, a parcela da população que corre mais
risco, são os que se aposentam - especialmente os que se aposentam cedo e não
criam objetivos de vida de troca interativa em seqüência. Isolam-se.
Adoram TV porque não os obriga a raciocinar, pois não
gostam de pensar para não precisar fazer escolhas ou mudanças.
Avarentos de afeto e carentes de trocas afetivas,
quando não podem vampirizar os familiares ou parentes, deprimem-se escancarando
as portas para a degeneração fisiológica e principalmente para os processos
obsessivos. Nessa situação degeneram com incrível rapidez, de uma hora para
outra.
O que é possível
aprender como cuidador?
Paciência, tolerância, aceitação, dedicação incondicional ao próximo,
desprendimento, humildade, inteligência, capacidade de decidir por si e pelo
outro.
A dieta influencia
Os portadores da doença costumam ter hábitos de
alimentação sem muita variação, centrada em carboidratos e alimentos
industrializados.
Descuidam-se no uso de frutas, verduras e legumes
frescos, além de alimentos ricos em ômega 3 e ômega 6;
Devem consumir mais peixe e gorduras de origem
vegetal (castanha do Pará, nozes, coco, azeite de oliva extra virgem, óleo de
semente de gergelim).
Estudos recentes mostram que até os processos
depressivos podem ser atenuados ou evitados pela mudança de dieta.
Doença silenciosa?
Nem tanto, pois avisos é que não faltam, desde a infância. Analisando e estudando as características da criança, é possível
diagnosticar boa parte dos problemas que se apresentarão para serem resolvidos
durante a atual existência, até o problema da doença de Alzheimer. Dia após dia, fase após fase o quadro do que nos espera no futuro vai
ficando claro.
O mal de Alzheimer
é hereditário? Pode ser transmitido?
Sim pode, mas não de forma passiva, inscrito no DNA, e sim, pelo
aprendizado e pela cópia de modelos de comportamento.
Remédios resolvem?
Ajudar até que ajudam, mas resolver é impossível, ilógico e cruel, se
possível fosse; pois, nem todos têm acesso a todos os recursos ao mesmo tempo.
Remédios usados sem a contrapartida da reforma no pensar, sentir e agir
podem causar terríveis problemas de atraso evolutivo individual e coletivo,
pois apenas abrandam os efeitos sem mexer nas causas.
Remédios previnem?
Claro que não; apenas adiam o inexorável.
Quanto a isso, até os cientistas mais agnósticos concordam.
Um dos mais eficazes remédios já inventados foram os grupos de apoio à
terceira idade.
A convivência saudável e as atividades que possam ser feitas em grupo
geram um fluxo de energia curativa.
A doença de Alzheimer, acima de tudo, é uma moléstia que reflete o
isolamento do espírito que se torna solitário por opção. O interesse pelos
amigos é um bom remédio.
O ato de nos vacinarmos contra a doença de Alzheimer é o de estudar as
características de personalidade, caráter e comportamento dos que a vivenciam,
para que não as repitamos. A melhor e mais eficiente delas é o estudo, o
desenvolvimento da inteligência, da criatividade e a prática da caridade.
Quer evitar
tornar-se um Alzheimer?
Torne sua vida produtiva, pratique sem cessar o perdão e a caridade com
muito esforço e inteligência.
Muito mais há para ser analisado e discutido sobre este problema
evolutivo que promete nos visitar cada dia mais precocemente.
Além das dúvidas que levantamos, esperamos que os interessados não se
furtem ao saudável debate.
"O desapego é necessário para o crescimento espiritual."
E aqui fica a célebre frase de todo doente de Alzheimer:
“Quero voltar para minha casa”
*Dr. Américo Marques Canhoto
Américo Marques Canhoto, médico especialista, casado, pai de quatro
filhos, nasceu em Castelo de Mação, Santarém, Portugal.
Médico de família desde 1978. Atualmente, atende em São Bernardo do
Campo e São José do Rio Preto - Estado de São Paulo - Brasil.
Conheceu o Espiritismo em 1988.
Recebia pacientes que se diziam indicados por um médico: Dr. Eduardo
Monteiro.
Procurando por este colega de profissão, descobriu que esse
"médico" era um espírito, que lhe informou: "Alzheimer acima
de tudo é uma moléstia que reflete o isolamento."
Nota: Recebemos esse texto por e-mail, não posso garantir que
é de autoria do aludido médico, mas suas informações são valiosas e nos fazem
refletir sobre mudar nossas atitudes e buscar novas posturas na vida, principalmente a reforma íntima.
Imagem pesquisada na web, havendo direitos autorais, favor nos avisar para darmos os devidos créditos ou a retirarmos do blog.
excelente texto
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