Costumo comparar a vida com um filme, porém, sem enredo pré-determinado, onde cada ação vai se descortinando em uma tela. Não há roteirista, nem diretor, somente atores que somos todos nós, entrelaçados pelas tramas da vida...
Cada dia pode acontecer um drama, um suspense, uma cena romântica, cômica ou terror... Somos surpreendidos com as tomadas de cenas, espetaculosamente inesperadas, que nos tiram o fôlego pelo esforço que fazemos para interpretá-las com o intuito de sairmos bem na fita.
Bandidos ou mocinhos, cada ação nossa provoca uma reação que não afeta somente o cenário particular de cada um, ao contrário, influencia o todo.
Dentro desse filme da vida, interpretamos diversos papéis, alguns, talvez, não encaixem bem em nossos personagens, mas temos que fazer bonito porque a vida nos cobra, nos impõe: ação, reação, movimento, vida. É impossível fugir do nosso papel, quer sejamos atores principais, quer sejamos meros coadjuvantes...
Particularmente, dentre os personagens que atuo como ser humano, muitos estão exigindo de mim, muita ação, muita coragem, dedicação, abnegação, paciência, sobretudo, amor...
Dividir-se nas diversas atuações, esquecer-se de si, sem perder o propósito, a mensagem do filme(vida), é muito complexo. Sei que há tantas pessoas altruístas, amorosas, humildes, grandes em nobreza que conseguem transformar-se em “mil” com o coração repleto de ternura. Eu, todavia, estou lutando, fazendo um esforço herculano para não sucumbir na minha missão, em um dos meus papéis. Quanto mais eu quero atuar, me doar, mais pesado eu sinto que é o fardo. Gostaria de mudar, doar-me com desprendimento d’alma, com amor... Contudo, ainda não evoluí suficientemente para tanto, nesse espetáculo da vida...
Quem sabe amanhã tudo isso seja diferente, o Grande Cineasta do Universo não mude o panorama, abra as cortinas para eu saia da Matrix...
Beijos na Alma,
Simone Anjos
Imagem: Google
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